TJPA 07/01/2021 -Pág. 2548 -Diário da Justiça -Tribunal de Justiça do Estado do Pará
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7053/2021 - Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2021
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no facebook juntada nos autos. (Grifei e sublinhei) YRLEI RODRIGUES FREITAS, testemunha do rol da
defesa, relatou que passou na rua naquela noite, que as pessoas que estavam com o declarante não eram
a VIVIA e a ROSANGELA, eram MANOELA e ANDRESSA. Não estava segurando uma faca na filmagem,
estava segurando um celular quando passou na ponte, não sabe o horário que passou na ponte. (Grifei e
sublinhei) MARIO LUIS SALVATIERRA TAMES, testemunha do rol da defesa, médico, relatou que estava
de plantão na noite dos fatos e foi quem atendeu o NIELSON. Os golpes fatais que NIELSON sofreu foi no
pulmão e numa artéria do ombro. NIELSON deu entrada no hospital por volta de 3h da manhã. A vítima se
encontrava alcoolizada, supõe que, devido a esse motivo, e a própria situação dos ferimentos era
necessário contê-lo, por ser uma pessoa forte, foram necessárias várias pessoas para contê-lo e demorou
muito para realizar qualquer procedimento. Quando a pessoa chega e facilitando as coisas, age conforme
a situação, mas com a pessoa ferida, alcoolizada, debatendo-se, dificultou realizar os procedimentos que
só foram realizados com o passar do tempo. O comportamento de NIELSON contribuiu para sua morte. O
que ele teve foi hemorragia, tem uma hora que o corpo não aguenta ficar sem sangue, havia sangramento
para fora do corpo e para dentro dos pulmões. Não conseguiu fazer o dreno torácico. As condições do
hospital são precárias. O laudo da morte corresponde ao perito do IML, pois é quem tem a experiência
para responder os requisitos da morte. Por ser o único médico da região, ficou comprometido e obrigado a
preencher o laudo médico, mas não tem experiência e não pode responder acerca da posição da vítima e
do agressor no momento das facadas. NIELSON possuía ferimentos nas costas. Tórax envolve toda a
região, toda a parte superior do corpo humano. (Grifei e sublinhei) ANA CLAUDIA BATISTA COSTA,
testemunha do rol da assistente de acusação, relatou que estava perto, com a AMANDA, o TJ e um rapaz
que trabalha na fábrica de gelo, fez uso de bebida alcoólica na noite, estava escuro, aconteceu a briga,
sua amiga puxou sua mão, até então não sabia que MARCELO tinha brigado com NIELSON. Deixou todo
mundo sair da festa para poder sair. Não verificou desentendimento. Ficou sabendo pois, depois que saiu,
foi dar uma volta na pracinha, tinha uma viatura, os policiais estavam lá, as meninas (CARLA, TALIA e
outras), os policiais falaram que não aconteceu nada. No dia seguinte, de manhã, ficou sabendo do que
aconteceu, falaram que MARCELO e NIELSON tinham brigado e discutido. Não tem conhecimento de
uma filmagem que tinha três pessoas numa ponte. Não tem conhecimento de quem estaria no vídeo,
falaram que era a declarante, mas não estava lá. (Grifei e sublinhei) MARCELO DE OLIVEIRA FERREIRA,
denunciado, relatou que foi para ¿Areia Branca¿ com o RENAN, umas meninas e uns rapazes, festa vai e
festa vem, NIELSON apareceu, festa vai e festa vem, meia noite acabou a festa na ¿Areia Branca¿, então
foram para o Camussim. Uma hora o NIELSON e o RENAN se estranharam com os colombianos, depois
separaram. Brigaram de novo, foi apartar e tirar a prima do meio, o segurança o botou para fora, depois o
declarante saiu, a mãe saiu em seguida. Na subida da ponte, o NIELSON veio de novo para cima do
declarante, o RENAN segurou o NIELSON e a mãe do declarante lhe segurou. No final da ponte, o
declarante andou mais rápido que a sua mãe, então NIELSON saiu de um canto, com uma perna manca e
lhe agrediu, pelo que se defendeu e está com a mão fraturada até hoje, tem uma hora que escorregou,
depois que passou da casa dele, o pai e a mãe dele (NIELSON) aparecem, seguram ele e ele lhe
ameaçou, NIELSON disse ¿TU PENSAS QUE VAI FICAR ASSIM? EU VOU TE MATAR¿, então
respondeu ¿URSO, SEGURA TEU FILHO QUE EU NÃO QUERO BRIGAR COM ELE¿. Depois que
chegou na sua casa com medo, atravessou para casa do seu tio, no dia seguinte, seu tio lhe disse que ele
(NIELSON) tinha morrido. Os policiais aparecerem, prendem-lhe, não reagiu, que lhe levam para
Delegacia e está assim até hoje. Defendeu-se das pauladas com um canivete, atingiu NIELSON, saiu um
pouco de sangue, sabe que lhe atingiu de frente e de costa. Atingiu NIELSON ao se defender da agressão
de NIELSON com uma perna manca. Quando saiu do local NIELSON ainda estava com vida. Nega que
tenha dito para o pai de NIELSON ¿ISSO FOI SÓ UM SUSTO QUE EU DEI NO TEU FILHO¿. Nega que a
VIVIA tenha lhe dado a faca ou que a ROSANGELA o tenha incentivado a golpear a vítima. ROSANGELA
lhe segurou para lhe impedir. Não tem nada contra as testemunhas que prestaram depoimento. Acredita
que NIELSON lhe bateu porque estava muito alterado, muito drogado. Não soube que a VIVIA tinha sido
agredida. Não teve desavença com a vítima na sede Camussim, ele que veio para cima do declarante,
mas o segurança o segurou e tirou da festa. NIELSON saiu primeiro, o declarante saiu depois e a
ROSANGELA em seguida. O declarante consumiu bebida alcoólica e um saquinho de cocaína. (Grifei e
sublinhei) VIVIA CRISTINA DOS SANTOS OLIVEIRA, denunciada, relatou que as acusações não são
verdadeiras. Ficou surpresa com a intimação da acusação. Não entregou nenhuma faca para MARCELO.
Não instigou MARCELO a praticar o fato. Na noite do fato, estava na sede Camussim, tinham
pouquíssimas pessoas, estava tendo outra festa na ¿Areia Branca¿, quando acabou a festa lá, por volta
da meia noite, chegaram várias pessoas no Camussim, que chegou o grupo de pessoas, onde estava
MARCELO e NIELSON. No decorrer da festa teve uma briga inicial, não sabe exatamente o motivo, mas
viu que era com os COLOMBIANOS e o RENAN. Não viu o MARCELO e o NIELSON nesse momento,