DOEPE 05/12/2020 -Pág. 3 -Poder Executivo -Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Ano XCVII • NÀ 228
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 5 de dezembro de 2020 - 3
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Enéias e sua
capacidade de
salvar vidas
anônimas
Há pelo menos 15 anos,
o servidor doa sangue
no Hemope, lição aprendida
do pai, um policial militar
aposentado.
P•• M••$!••!•• T"!%"!••
E
néias ainda era uma criança quando
percebia o movimento do pai se preparando para doar sangue. As cenas
nunca saíram da cabeça dele. Ensinavam sobre empatia, mesmo que o garoto ainda não tivesse a exata noção daquele gesto paterno. Há 15 anos, Enéias Leite de Oliveira, 39
anos, gestor governamental da Secretaria de
Administração, começou a perpetuar a mesma
rotina. Pelo menos duas vezes por ano, procura
o Hemope para doar sangue. Também estimula outros servidores a fazerem o mesmo. Enéias
nunca precisou de doação de sangue. Nem mesmo sua família e amigos. Faz o gesto por questão de consciência, humanidade, costuma dizer.
“Se a gente tem condições de saúde, sobretudo, não há danos. Ao contrário. É benéfico renovar o sangue, faz bem à saúde e ainda ajuda
quem precisa em um momento de dificuldade.
Eu via meu pai fazer e a lição ficou”, explica o
servidor, se referindo ao policial militar aposentado Josué Manoel de Oliveira, 65.
Enéias conta que não tem qualquer sintoma
ao doar. “A pessoa não sente nada. Tem gente
que tem fobia à seringa, mas eu nunca tive desconforto. A orientação é chegar alimentado, ter
boa noite de sono e não ingerir álcool nas últimas 24 horas antes da doação”, informa.
Salvar vidas ao doar sangue dura menos
de uma hora, diz o servidor. No Hemope, o
doador segue uma rotina de aferição da glicose, do peso - que precisa estar compatível
- e ainda passa por um check up com um médico. “Por outros órgãos do Governo do Estado pelos quais passei, promovi duas experiências de campanha de doação.” A última
aconteceu no ano passado, na Pernambuco Participações e investimentos S/A (Perpart).
“No Hemope, o sangue é testado e é possível saber se o doador
tem Doença Sexualmente Transmissível, por
exemplo. Muitas vezes,
por medo da seringa, as
pessoas deixam de doar.
Mas o ato é símbolo de
responsabilidade e cidadania”, ressalta.
Enéias responde atualmente pela Gerência
Geral Administrativa e Financeira de Pessoal
do Estado. E faz uma conta rápida: São 120 mil
servidores na ativa no Estado. Já pensou se cada um doasse sangue com frequência? O número de vidas salvas saltaria. Assim como a empatia multiplicaria. Enéias segue no seu trabalho
de formiguinha. Mas já é um gigante.
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- Agendar previamente, através do telefone 0800 081 1535, para agilizar o atendimento.
- Portar documento oficial com foto conforme legislação vigente.
- Na pré-triagem faz aferição de temperatura, pressão arterial, peso/altura e dosagem de
hemoglobina (para verificar se há anemia).
- A doação consiste em retirar 470 ml de sangue. Volume seguro e de
rápida recuperação.
- Todos os materiais utilizados na coleta são de uso único, estéril e
descartável. Não há perigo de contaminação.
- Um triagista (médico ou enfermeiro) conduzirá perguntas ao
doador para certificar-se de que não há prejuízos para as partes
envolvidas.
- O doador deve se alimentar de forma leve até 2 horas antes da doação e ingerir
líquidos como suco e refrigerante antecedente à doação.
- Ao final, o doador receberá um lanche da instituição receptora para reposição de
eletrólitos. O lanche não deve substituir o almoço.
Fonte: Hemope