PF desbarata quadrilha de empresários e policiais federais em Pernambuco

Recife, 20 (Agência Brasil – ABr) – A operação denominada “Vassourinha”, fruto de dois anos de investigação da Coordenação de Inteligência da Polícia Federal de Brasília e o Ministério Público Federal de Pernambuco, integrada por 110 policiais federais de vários estados, chegou na madrugada de hoje no Recife, para desbaratar uma quadrilha formada por empresários e policiais federais, atuando em área do crime organizado que vão desde formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos, fraudes nas licitações e até peculato no Recife e Jaboatão dos Guararapes.

O chefe da Comunicação Social da Polícia Federal de Brasília, delegado Reinaldo de Almeida Cesar, informou durante coletiva à imprensa, que dos 16 mandados de prisão pelo juiz da 4ª Vara de Jusjtiça Federal, Antônio Bruno de Azevedo Moreira, 14 haviam sido cumpridas, além do empresário que está detido em São Paulo e uma pessoa que está sendo perseguida pelos policiais federais.

Todos os presos custodiados na Polícia Federal são pernambucanos. A movimentação dos advogados já é grande, tentando entrar em contato com seus clientes. Uma equipe do Instituto Médico Legal ficou incumbida de fazer exames de corpo de delito em todos os detidos.

Entre os acusados estão três agentes da Polícia Federal, um delegado da Polícia Federal e um comissário de Polícia Civil, o secretário de Finanças da Prefeitura de Joboatão e dois ex-presidentes da Empresa de Transportes de Joboatão (EMTT).

À tarde, em outra entrevista coletiva, o delegado Reinaldo Cesar, anunciou os nomes dos 14 presos: Ricardo José Martins Pereira, Alexandre Paul Martins Pereira, Armando Feitosa de Lima, Edilson José da Silva, Geraldo Melo Júnior, João Carlos de Albuquerque Valença, Joaquim Menezes Brasil Neto, Jorge Barreto da Costa Pereira, José Otávio Queiroga Wanderley, Márcia Vilaça de Lira, Paulo Sérgio Ribeiro Varejão, Rildo Nicolau MOnteiro Lima, Ruguiberto Fernandes da Silva e Wilson de Melo. O décimo quinto acusado é o empresário Edísio Carlos Pereira Filho, que está preso em São Paulo e o décimo sexto, que está sendo procurado pela Polícia Federal, é Antônio Virgílio Barros.

De acordo com o delegado Reinaldo Cesar, a Operação Vassourinha vai continuar enquanto for preciso. Ele disse que “algumas investigações terão prosseguimento normal, os mandados de prisão e de busca eventualmente cumpridos, passam a integrar o corpo dos autos do procedimento criminal que está na 4ª Vara de Justiça. Assim sendo, a Polícia Federal, como sempre, estará à disposição da Justiça pelo tempo que for necessário”, concluiu.

Gusttavo Lima é Indiciado por Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa em Operação da Polícia Civil

O cantor sertanejo Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa no contexto da Operação Integration, conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco, que investiga jogos ilegais. A mesma ação levou à prisão da influenciadora Deolane Bezerra.

Agora, o Ministério Público avaliará se apresentará ou não uma denúncia formal contra o cantor à Justiça. Gusttavo Lima, por sua vez, nega todas as acusações.

Mandado de Prisão Preventiva e Habeas Corpus

Na semana passada, o artista foi alvo de um mandado de prisão preventiva enquanto estava em Miami, nos Estados Unidos. No entanto, seus advogados conseguiram uma decisão favorável com a concessão de habeas corpus, revogando a prisão, a apreensão de seu passaporte e o registro de sua arma de fogo. A decisão foi tomada pelo desembargador Eduardo Guillio de Maranhão.

Em comunicado, a equipe de Gusttavo Lima afirmou que recebeu a notícia “com muita tranquilidade e sentimento de justiça” e criticou a atuação da juíza Andréa Calado da Cruz, que havia solicitado a prisão.

Defesa de Gusttavo Lima

Segundo a nota emitida pela equipe do cantor, sua relação com as empresas investigadas se limitava ao uso de imagem e à venda de uma aeronave, transações feitas legalmente com todas as declarações e registros necessários. O comunicado também ressaltou que os contratos foram firmados antes de qualquer investigação ser conhecida, seguindo todas as normas de compliance.

“Gusttavo Lima tem e sempre teve uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs,” diz a nota, acrescentando que medidas judiciais serão adotadas para reparar os danos à imagem do cantor.

Desabafo no Palco

Após retornar ao Brasil, Gusttavo Lima se apresentou em um show no Pará e, durante a performance, fez um breve desabafo: “Faça o certo, porque o errado todo mundo faz. Seja honesto para que, quando o mundo ameaçar a cair, sobrará o teu lado, só a sua honestidade te salvará.”

O caso segue em investigação, enquanto o cantor mantém sua agenda de shows e declara que adotará medidas legais para sua defesa.

Anotações em caderno revelaram ligação de Deolane com o crime organizado

A influenciadora e advogada Deolane Bezerra, conhecida por ostentar uma vida de luxo nas redes sociais, está envolvida em uma investigação policial que revelou sua ligação com o crime organizado. A investigação teve início após a apreensão de uma caderneta em uma banca de apostas em Pernambuco, contendo informações sobre o jogo do bicho e apostas online. Esse item foi crucial para expor um esquema de lavagem de dinheiro associado ao site de apostas Esportes da Sorte, operado ilegalmente sob o nome de HSF Gaming, registrado em Curaçao.

Deolane, junto com sua mãe, Solange Alves Bezerra Santos, foi presa no dia 4 de setembro de 2024, em cumprimento a mandados de prisão preventiva emitidos pela Polícia Civil de Pernambuco. As autoridades identificaram que Deolane teria recebido cerca de R$ 3,2 milhões da Pay Brokers, uma empresa de Curitiba que funcionava como intermediária no esquema de lavagem de dinheiro, entre novembro de 2022 e maio de 2023.

Além disso, a compra de uma Lamborghini Urus no valor de R$ 4 milhões por Deolane levantou ainda mais suspeitas, pois o veículo circulava apenas em São Paulo, enquanto a compra teria sido registrada em Pernambuco. O esquema envolvia a lavagem de dinheiro por meio da aquisição de bens de luxo, como carros e aeronaves, a fim de disfarçar a origem ilícita dos recursos.

As investigações também apontaram movimentações financeiras suspeitas por parte de Solange, que teria movimentado cerca de R$ 500 mil entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. O dinheiro obtido através de jogos de azar era “clareado” com a compra de bens de luxo, dificultando o rastreamento pelas autoridades.

Esses elementos reforçam as suspeitas de que a influenciadora e sua família estavam profundamente envolvidas em um esquema criminoso de grande escala, utilizando plataformas de apostas e intermediárias financeiras para lavar grandes quantias de dinheiro.

Justiça Mantém Prisão de Deolane Bezerra em Operação contra Lavagem de Dinheiro e Jogos Ilegais

A influenciadora digital Deolane Bezerra teve sua prisão preventiva mantida pela Justiça após uma audiência de custódia realizada na tarde de quinta-feira (5). Ela foi detida em uma operação que investiga uma quadrilha suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A audiência, conduzida por videoconferência, ocorreu na Central de Audiências de Custódia do Recife, com Deolane participando de dentro da Colônia Penal Feminina, onde está presa no bairro de Iputinga, Zona Oeste da cidade.

Solange Bezerra, mãe de Deolane, também teve sua prisão preventiva mantida na mesma audiência e permanece detida na Colônia Penal. Além delas, Maria Bernadette Pedrosa Campos, mãe de Eduardo Pedrosa Campos, sócio de uma corretora de seguros investigada pela operação, também teve a prisão mantida.

A defesa de Deolane entrou com um pedido de habeas corpus, alegando a ilegalidade da prisão preventiva. O desembargador Cláudio Jean Nogueira Virgínio, da 12ª Vara Criminal da Capital, redistribuiu o caso para o desembargador Eduardo Maranhão, da 4ª Câmara, que será responsável por analisar o pedido.

Deolane e Solange foram presas na quarta-feira (4) e passaram por exames de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) antes de serem encaminhadas à penitenciária. Devido à repercussão do caso, medidas de segurança foram reforçadas para garantir a integridade física das duas. Elas passaram a primeira noite em uma cela reservada, com vigilância reforçada no local, incluindo a presença de policiais do Grupo de Operações de Segurança da Polícia Penal de Pernambuco.

Na manhã de quinta-feira, as irmãs de Deolane, Daniele e Dayanne Bezerra, tentaram visitar a mãe e a irmã, mas foram impedidas de entrar por estarem fora do horário de visita. No local, elas foram recebidas por apoiadores com cartazes, expressando solidariedade às detidas.

A prisão de Deolane faz parte da terceira fase da operação “Integration”, que investiga uma quadrilha acusada de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em lavagem de dinheiro de jogos ilegais. A operação cumpriu 19 mandados de prisão, além de 24 mandados de busca e apreensão em seis estados brasileiros: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco e São Paulo. A quadrilha usava empresas de eventos, casas de câmbio e seguradoras para realizar transações financeiras suspeitas, como depósitos fracionados e movimentações atípicas de dinheiro entre contas, além de adquirir veículos de luxo, imóveis, aeronaves e joias para lavar o dinheiro ilícito.

A operação também apreendeu diversos bens, incluindo 11 relógios Rolex, dois helicópteros, um avião (que pertence ao cantor Gusttavo Lima), carros de luxo, embarcações, imóveis, joias, além de grandes quantias em dinheiro e artigos de luxo, como garrafas de vinho avaliadas em R$ 5 mil cada.

Em nota, o escritório da advogada Adélia Soares, que defende Deolane e Solange, afirmou que Deolane está à disposição das autoridades e que a investigação é sigilosa. Deolane, por sua vez, divulgou uma carta em suas redes sociais na qual afirmou que está sofrendo uma “grande injustiça” e que sua família é vítima de preconceito.

A empresa Esportes da Sorte, investigada na operação, também emitiu uma nota reafirmando seu compromisso com a legalidade e sua disposição para colaborar com as investigações, ressaltando que ainda não teve acesso aos autos do inquérito. O advogado de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, também declarou que seu cliente está à disposição das autoridades há mais de um ano e meio e que aguarda esclarecimentos sobre a operação.

Darwin Filho, CEO da Esportes da Sorte, se Entrega à Polícia em Investigação de Jogos Ilegais e Lavagem de Dinheiro

Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da plataforma de apostas Esportes da Sorte, tornou-se o centro das atenções após se entregar à Polícia Civil de Pernambuco, junto com sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola, em 5 de setembro de 2024. O casal é alvo da Operação Integration, que investiga uma suposta organização criminosa ligada a jogos ilegais e lavagem de dinheiro, e que também prendeu a influenciadora Deolane Bezerra.

A Esportes da Sorte, comandada por Darwin Filho, é operada pelo grupo HSF Gaming e está sediada em Curaçao, um paraíso fiscal caribenho. A empresa, fundada em 2018, foi uma das pioneiras no mercado de apostas esportivas no Brasil e está sendo investigada por movimentar cerca de R$ 3 bilhões provenientes de atividades ilícitas. O empresário, que herdou do pai um império no ramo de jogos, administra a Esportes da Sorte, com capital social de R$ 65 milhões, além de outros empreendimentos sediados no Recife.

Sob a liderança de Darwin Filho, a Esportes da Sorte também se destacou como patrocinadora de grandes clubes de futebol, como Corinthians, Bahia, Grêmio, Athletico e o futebol feminino do Palmeiras, investindo milhões de reais anualmente. Além disso, o empresário está em processo para lançar uma nova casa de apostas, a Onabet, e também é dono da empresa HSF Entretenimento e Promoção de Eventos.

Outro aspecto sob investigação são as vendas de carros de luxo feitas por Darwin Filho, incluindo uma Ferrari e uma Lamborghini Urus Performante, adquiridas por R$ 8 milhões em 2023. Deolane Bezerra, em depoimento, confirmou ter comprado uma Lamborghini Urus Performante de Darwin Filho por R$ 3,85 milhões no ano passado.

A Esportes da Sorte afirmou que está em conformidade com as leis e colabora com as investigações, enquanto Darwin Filho, em carta aberta, declarou estar surpreso com a gravidade das medidas tomadas, mas reafirmou sua disposição em cooperar com as autoridades.

Marido suspeito de encomendar morte da própria esposa pediu que família parasse de cobrar a polícia

Kaianne Bezerra foi morta em casa, quando homens invadiram supostamente para roubar a residência. Conforme as investigações, Leonardo Nascimento Chaves teria encomendado o crime em razão de uma dívida de R$ 90 mil.

Leonardo Nascimento Chaves, homem suspeito de mandar matar a própria esposa, enviou mensagens aos familiares pedindo que diminuíssem as cobranças à polícia sobre o caso.

Kaianne foi morta no fim de agosto em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. A princípio, a morte da contadora foi considerada roubo seguido de morte.

No entanto, em uma reviravolta, o ex-marido foi preso nesta quarta-feira (6) suspeito de ser o mandante do crime. Ele teria encomendado o assassinato para ficar com R$ 90 mil do seguro de vida da contadora Kaianne Bezerra Lima Chaves. Leonardo tinha passagens compradas para ir a Portugal, mas a viagem foi cancelada após ele se tornar alvo da investigação.

O suspeito enviou mensagens aos familiares reclamando sobre as publicações deles nas redes sociais cobrando uma resolução do caso. “Vamos reduzir essas postagens, de ficar cobrando, pq a polícia já fez 90% do trabalho dela”, disse ele em uma das mensagens aos familiares de Kaianne.

“Eu me sinto mal toda vez que abro meu insta e vejo todos os familiares repostando os vídeos pedindo justiça”, reclamou Leonardo em outra mensagem.

Antes de ser considerado suspeito, Leonardo disse à polícia que a residência havia sido invadida por dois homens armados. Eles teriam amarrado ele e a mulher em cômodos diferentes. Kaianne foi espancada e morreu com o golpe de um objeto contundente no pescoço.

Kaianne Bezerra Lima Chaves, de 35 anos, foi assassinada na casa onde morava. Anteriormente, um motorista de aplicativo e um adolescente foram capturados suspeitos de participação no crime. Contudo, a investigação seguiu e os policiais civis identificaram a participação direta de Leonardo.

A prisão dele foi realizada por equipes da Delegacia Metropolitana de Aquiraz. Ele foi localizado quando saía da casa de familiares da vítima, em Fortaleza. Leonardo foi indiciado por feminicídio e colocado à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue realizando diligências para elucidar os fatos, bem como identificar outros envolvidos no crime.

Câmera flagrou encontro entre suspeitos

A câmera de segurança de um shopping flagrou o encontro do marido da Kaianne Bezerra com os dois suspeitos de assassinar a vítima na casa do casal no dia 26 de agosto, em Aquiraz. As imagens levaram à reviravolta do caso, inicialmente investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), e à prisão de Leonardo Nascimento.

“Com a experiência que a gente tem desses fatos, a gente percebeu uma certa facilidade pros criminosos entrarem na casa. Quando a gente faz uma segunda oitiva desse crime, apuramos informações que não batiam com o que criminoso dizia, foi quando a gente viu que ele não era vítima, mas autor do crime”, disse o delegado Gustavo Pernambuco.
Polícia detalha investigação que prendeu suspeito de matar a própria mulher em Aquiraz

As imagens que constam no inquérito mostram que no dia do crime Leonardo encontrou o motorista de aplicativo Adriano Andrade Ribeiro e um adolescente no estacionamento do shopping por volta das 20h35, momentos antes da residência da vítima ser invadida.

Durante o encontro, Leonardo e a dupla conversaram por cerca de dez minutos próximo ao carro do viúvo, que ficou com o capô levantado.

Simulação de assalto
Conforme as investigações, após deixar o estabelecimento, Leonardo foi para casa e iniciou a simulação do assalto que levou à morte da esposa.

No entanto, após avanço da investigação, a Polícia Civil descobriu que o assalto foi uma armação para encobrir o assassinato planejado pelo marido. Ele inclusive pediu que os assaltantes o agredissem para reforçar o álibi de que o casal havia sido vítima de assalto e agressões.

Prisões

Três dias após o crime, a Polícia Civil prendeu o motorista de aplicativo Adriano Andrade Ribeiro, de 39 anos, e apreendeu o adolescente de 16 anos, apontado como os executores.

O homem foi preso com pertences da vítima em um imóvel no Bairro Jardim das Oliveiras, em Fortaleza. Já o adolescente foi apreendido em uma residência no Bairro Tancredo Neves.

Dando prosseguimento às investigações, os policiais civis conseguiram identificar a participação direta de Leonardo, como autor intelectual da morte da esposa.

‘Frio e calculista’
Para um familiar de Kaianne, que terá a identidade preservada, desde o início Leonardo contou versões contraditórias para a família da contadora.

“Na noite do crime ele nos disse que tinham ido lanchar no shopping, quando recebeu a ligação de um vizinho avisando que ele havia deixado o carro com o farol ligado em frente de casa. Aí eles voltaram, ele apagou o farol, deixou ela em casa e saiu para comprar janta. Se eles tinha lanchado, por que ele ia sair de novo para comprar janta? Depois disse que botou para esquentar no micro-ondas e foi regar as plantas. Se ele acabou de comprar essa janta veio fria? Tinha muita coisa que não estava batendo”, falou o parente.

Ainda segundo o parente, ele foi o único a desconfiar de Leonardo, o que fez com que outros membros da família ficassem chateados, pois acreditavam na versão do viúvo.

“No velório, não derramou uma lágrima. Depois disse que eles tinham um acordo de cremar o corpo e jogar as cinzas pelo mundo. Já estava até com passagem comprada. Psicopata. Ele é frio e calculista”, disse o familiar da contadora.

A polícia descobriu que Leonardo estava com passagem comprada para Portugal e planejava deixar o país. Ele foi capturado quando saía da casa da sogra.

“A família está toda abalada”, relatou o familiar de Kaianne.

 

 

Caso Lara: polícia abre novo inquérito para apurar envolvimento de mais duas pessoas em assassinato de adolescente

Lara Oliveira do Nascimento, de 12 anos, foi encontrada sem vida três dias depois de desaparecer, em Campo Limpo Paulista (SP), em março de 2022. Principal suspeito do crime continua foragido.

A Polícia Civil instaurou um novo inquérito para apurar a participação de mais duas pessoas no assassinato da adolescente Lara Oliveira do Nascimento, de 12 anos. A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira (6).

Lara foi morta em março de 2022 depois de desaparecer ao sair de casa para comprar refrigerante, em Campo Limpo Paulista (SP).

Considerado foragido desde o dia 28 de março de 2022, Wellington Galindo de Queiroz é, por enquanto, o principal suspeito do crime. Ele foi indiciado por homicídio e ato libidinoso.

De acordo com a advogada da família da menina, Jarina Rocha, a decisão de instaurar um novo inquérito foi tomada após a primeira audiência do caso, que ocorreu na tarde de segunda-feira (5), no fórum da cidade. Na ocasião, quatro testemunhas foram ouvidas.

“Existiam mais duas pessoas na cena do crime, isso foi relatado em sede policial. Não existe a identificação dessas pessoas, mas sim pessoas que viram sabem suas características físicas. A gente espera que a polícia dê seguimento a tudo que é necessário pra gente poder lucidar a identidade também destes dois comparsas”, afirma.
Segundo o Ministério Público, a audiência fez uma antecipação das provas, pois as testemunhas podem esquecer os nomes e fatos do ocorrido. Desta forma, caso o suspeito seja preso em determinado momento, será necessário apenas que ele seja interrogado.

Com faixas e cartazes, a mãe da adolescente, Luana Aparecida Nascimento, estava acompanhada das irmãs e disse que o coração está esperançoso, mas ao mesmo tempo dolorido, pois, é o início de uma batalha para que a Justiça ocorra.

“Eu acho que dentro desse um ano e dois meses eu não consegui ainda viver o meu luto como mãe, como família. Infelizmente, isso vai depender dessas prisões, principalmente do Wellington. Eu como mãe preciso dessa justiça para poder viver o meu luto e a Lara, como cidadã de bem, como uma criança que sempre foi muito cuidada, muito amada, continua sendo amada e cuidada também precisa. A justiça vai sim acontecer por ela porque ela merece”.

Outras testemunhas ainda serão ouvidas e, depois, o processo será suspenso por definição da lei, pela falta de presença do suspeito, até a captura dele.

Suposto sequestro
Uma câmera de segurança registrou um suposto sequestro em um local que fica a 50 metros do mercadinho onde a adolescente Lara foi vista pela última vez, em Campo Limpo Paulista. O vídeo foi apresentado à Justiça e passou por análise (assista abaixo).

De acordo com a investigação, a imagem mostra à distância um veículo aparentemente de cor prata, que seria o carro de Wellington, passando pela Rua dos Monges e fazendo um retorno.

Em seguida, o veículo estaciona atrás das árvores, muito próximo ao mercadinho onde Lara havia ido comprar um refrigerante antes de desaparecer. A investigação aponta que, momentos depois, uma pessoa sai do carro e vai até o lado oposto da rua.

Ainda segundo o registro em vídeo analisado pela polícia, quase um minuto depois, surge uma segunda pessoa, que aparenta ser uma criança, se aproximando.

Logo depois, a primeira pessoa, que dirigia o carro, aparenta correr atrás da segunda. Ela a agarra e a leva em direção ao carro, que sai na direção oposta. Todo o material obtido na investigação foi apresentado à Justiça e será analisado.

No relatório, uma das testemunhas informou que estava indo pegar um ônibus para Campo Limpo Paulista, junto de sua mãe, e que viu a menina saindo do mercadinho. Também informou que viu um carro prata passando na rua e se recorda de ser encarado por um dos ocupantes do veículo, momento em que o carro seguia a menina Lara.

Ainda informou que, enquanto o ônibus não chegava, a mãe entrou no mercado. Após alguns segundos, escutou uma freada e uma buzina de ônibus, quando viu uma menina sair correndo. Informou que pensou ser um acidente, porém, viu um homem saindo do carro prata e agarrando a criança.

Outra testemunha, que na ocasião morava próximo ao terreno onde o corpo da adolescente foi encontrado, informou que, dias antes de encontrarem o corpo de Lara, estava na varanda da casa, perto da lavanderia, quando viu um carro prata parado no local. Após alguns minutos, quando retornou, viu o veículo saindo em direção à cidade de Francisco Morato (SP).

Relatório final
Com base em depoimentos de testemunhas e parentes, além de análises de áudios e câmeras de monitoramento, a polícia concluiu que Wellington Galindo de Queiroz é, por enquanto, o principal suspeito do crime. Ele foi indiciado por homicídio e ato libidinoso e é considerado foragido desde o dia 28 de março de 2022.

O relatório também apontou que a adolescente negou qualquer contato com o homem, que aplicou quatro golpes em sua cabeça para que ela não o denunciasse.

Em agosto de 2022, policiais da DIG de Jundiaí e de São Paulo chegaram a ir até o interior de Pernambuco após receberem a informação de que o suspeito estaria escondido na região, mas ele não foi encontrado.

O relatório final da investigação também mostrou que Wellington enviou um áudio para a namorada após cometer o crime, dizendo que ela deveria falar à polícia que ele havia ido embora de casa. A TV TEM teve acesso ao áudio que consta no inquérito.

“Ó, fia. Minha bateria tá acabando, fia. Vou dizer pro cê, fia. É, tá muito perigoso pra mim se apresentar, fia. Não vou me apresentar não, viu fia? Qualquer coisa, você diga que eu terminei com você e fui embora de casa ontem, entendeu? E, assim, eu tô indo pra Agrestina, tá bom?”, disse Wellington no áudio.

Além disso, durante as investigações, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. O imóvel fica no bairro Jardim Vassouras, em Francisco Morato.

Na residência, além de material de construção civil, foi localizado um buraco na cozinha. Também foi observado que a casa de Wellington fica a aproximadamente um quilômetro do local onde foi encontrado o corpo da garota.

O relatório final da investigação contém cerca de 50 páginas e foi entregue em agosto de 2022 ao Ministério Público.

Relembre o caso
Lara desapareceu no dia 16 de março de 2022, quando saiu de casa para comprar um refrigerante em uma mercearia a cerca de 600 metros de sua casa. O corpo dela foi encontrado com marcas de violência, no dia 19 de março.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Lara morreu por traumatismo craniano causado por ao menos quatro golpes na cabeça. O legista citou a presença de sinais de crueldade e disse que possivelmente foi usado um martelo ou uma picareta. O documento confirmou também que uma substância encontrada no corpo da adolescente era cal.

No dia 29 de março de 2022, funcionários do mercado onde a menina esteve antes de desaparecer prestaram depoimento à polícia. As equipes de investigação também percorreram bairros de Francisco Morato, cidade vizinha, para ouvir mais moradores.

Segundo o delegado, o suspeito já havia sido ouvido informalmente por telefone e foi intimado a prestar esclarecimentos na delegacia, mas se negou. Após a intimação, a polícia não conseguiu mais contato com o suspeito.

A Polícia Civil analisou mais de cinco mil imagens de câmeras de segurança para identificar e localizar o suspeito de matar a adolescente.

Em imagens analisadas pela polícia, Wellington aparece dirigindo um carro prata. Elas mostram o momento em que o veículo para perto do local onde a menina desapareceu, no mesmo dia e próximo ao horário.

O veículo foi localizado em outra cidade e apreendido. Em depoimento, a proprietária do veículo disse que teve um relacionamento com o suspeito, mas que eles não estavam mais juntos.

Wellington tem passagens na polícia por tráfico de drogas, crime contra o patrimônio, associação criminosa e receptação. Ainda em março, a Justiça decretou a prisão temporária dele por 30 dias pelo assassinato da adolescente.

Polícia Civil confirma 19 prisões em Operação Clone; vereador está foragido

A Polícia Civil do Rio Grande Norte divulgou os nomes dos suspeitos presos durante a Operação Clone, deflagrada na manhã desta quinta-feira (6) para desbaratar quadrilha que atuava na fraude de cartões de crédito em Natal e estados vizinhos. As prisões ocorreram em Natal, Parnamirim, Santa Cruz, Extremoz e São Paulo, levando 19 pessoas à cadeia. Um vereador do município de Rio do Fogo identificado como Francisco Silvanei dos Santos está foragido.

Durante a operação, que contou com a participação de 200 policiais, foram apreendidas mais de 100 mil cartões de crédito clonados, 30 impressoras, computadores, hologramas, máquinas leitoras de cartão de crédito e débito, além de máquinas para confecção de sandálias e um veículo Pálio de cor cinza. Parte do material foi encontrado em uma casa na Redinha, zona Norte de Natal, e na cidade de São Paulo.

 

Preso no Agreste um dos foragidos da Operação Minotauro
Preso no Agreste um dos foragidos da Operação Minotauro. Foto: PF/ Divulgação  

A Polícia Federal em Pernambuco apresenta nesta quarta-feira a prisão e um dos foragidos da Operação Minotauro. Cristiano da Silva Araújo, o “Plaboy”, de 23 anos, foi detido na tarde desta terça-feira na cidade de Lagoa de Itaenga, distante 64 quilômetros do Recife depois que levantamentos realizados pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Militar-(2º BPM) e do Sistema Prisional de Pernambuco descobriram o local onde o suspeito estava foragido.

O mandado de prisão preventiva expedido pela 13ª Vara de Pernambuco foi cumprido por volta das 14h. Levado para a sede da Polícia Federal, ele foi indiciado por manter conexão com outros traficantes associando-se com eles e por adquirir e traficar drogas do Paraguai com o objetivo de armazenar, manter em depósito e depois comercializar em Pernambuco e em outros estados da federação. Caso seja condenado poderá penas que ultrapassam os 30 anos de reclusão. Em seu interrogatório, Cristiano negou qualquer envolvimento com carregamentos de maconha realizados em 30 de janeiro de 2016 ou qualquer outro envolvimento e associação com alguma quadrilha internacional de drogas. O preso foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficará à disposição da Justiça Federal.

Cristiano possui antecedentes criminais e já foi preso em 2013 por posse de arma de fogo em Lagoa de Itaenga, ficando preso por cinco meses e depois absolvido. O suspeito era investigado pela Polícia Federal por integrar uma organização criminosa estabelecida nos estados de Pernambuco, Paraná e Mato Grosso do Sul inter-relacionadas na exploração de esquema de tráfico transnacional de drogas (maconha e cocaína) e contrabando de armas de fogo de uso restrito, oriundos do Paraguai. Seus integrantes apresentavam alto grau de periculosidade e vinham negociando de forma reiterada diversos carregamentos de drogas ilícitas, armas de fogo e munição, cuja desarticulação ocorreu dentro da Operação Minotauro no dia 31/08/2016.

Dos 12 presos investigados pela Polícia Federal apenas um do Estado do Paraná continua foragido. A Operação Minotauro foi deflagrada em agosto de 2016 e contou com a participação de 130 policiais federais, que deram cumprimento a 12 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas, expedidos pela 13ª Vara Federal – Seção Judiciária de Pernambuco em cinco estados da federação: Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Também foram sequestrados bens e bloqueio de contas bancárias, cuja cifra chegou a 500 mil reais.

As investigações tiveram início em 2015, com a identificação de várias remessas de maconha de origem paraguaia para Pernambuco, droga internada em território nacional e remetida pela organização criminosa estabelecida no Paraná. No curso das investigações foram apreendidas aproximadamente 4 toneladas de drogas das organizações criminosas investigadas. As apreensões ocorreram nos estados de Minas Gerais em setembro de 2015, Alagoas em novembro de 2015, Pernambuco em março de 2016 e no Paraná em maio de 2016 (causando um prejuízo na cifra de R$ 5 milhões de reais). A Adoção de práticas violentas, como meio de persuasão e/ou retaliação, envolvendo ameaças de morte, lesões corporais gravíssimas e até mesmo homicídios, inclusive afirmações do tipo “polícia tem que morrer”, também foi prática identificada no curso das investigações.

Único Prêmio Internacional do Nordeste, vai Homenagear Personalities

O lançamento da Revista Internacional Destaque Nordeste, e cerimônia de entrega do Prêmio Internacional Destaque Nordeste, a ser realizada no dia 27 de janeiro de 2023, na Di Branco Recepções Unidade Torre, na cidade do Recife. Na ocasião iremos lançar a 5ª edição da Revista Destaque Nordeste e entrega de troféus à personalidades homenageadas.

O Prêmio Destaque Nordeste que tornou-se Lei No 17.959, e está incluso no Calendário de Eventos Oficiais do Estado de Pernambuco, irá homenagear pessoas físicas e jurídicas, que se destacam nos mais variados setores na Região Nordeste. Reconhecido no Brasil e no exterior, o prêmio terá ampla cobertura dos principais veículos de comunicação, incluindo emissoras de tvs, rádios, jornais, blogs, portais, bem como as principais colunas sociais do estado. Entre várias personalidades de Pernambuco, o Diretor do Sistema de Comunicação de Pernambuco , Robson Ouro Preto foi um dos homenageados.

O Prêmio Internacional Destaque Nordeste foi idealizado pelo casal Patrick Barbosa e Helena Almeida. Patrick é empresário, escritor e teólogo e a empresária portuguesa Helena Almeida é escritora e palestrante Internacional.