Mulher é encontrada morta dentro de casa no DF; suspeito está preso

Companheiro da vítima, Kelsen Oliveira de Macedo, fugiu após crime, mas se entregou no início da noite desta segunda-feira (15). Mulher foi encontrada sem vida dentro do banheiro de casa.

Uma mulher foi encontrada morta, nesta segunda-feira (15), no banheiro de casa em Ceilândia, no Distrito Federal. O caso é investigado como feminicídio pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (DEAM II).

De acordo com os militares, o companheiro da vítima, Kelsen Oliveira de Macedo, de 42 anos, acionou o Corpo de Bombeiros. Em seguida, quando a corporação informou que precisaria acionar a polícia, ele fugiu.

Na tarde desta segunda, o homem se apresentou na DEAM II, em Ceilândia, acompanhado do advogado. Em seguida, Kelsen foi preso em flagrante.

Na casa, os policiais encontraram a mulher com lesão no rosto e afundamento da traqueia. Ao acionar os policiais, o suspeito disse que o caso tratava-se de uma queda.

O Corpo de Bombeiros disse que a mulher morreu de parada cardiorrespiratória. No entanto, na delegacia, o caso foi registrado como feminicídio.

À TV Globo, testemunhas constaram que brigas entre a vítima e o companheiro eram comuns. Antes do homem fugir, vizinhos disseram que escutaram gritos com pedidos de socorro.

Violência contra a mulher em 2023
Caso se confirme como feminicídio, esse será a segunda ocorrência registrada neste ano. No último dia 10, Tainara Kellen Mesquita da Silva, de 26 anos, foi morta pelo ex-companheiro. Wesly Denny da Silva Melo, de 29 anos, foi preso um dia depois do crime.

O Distrito Federal teve um aumento de 250% no número de feminicídios na comparação entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período de 2023, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Diante do resultado, o DF se tornou a unidade da federação com o maior número de mortes de mulheres por questões de gênero.

Como denunciar violência contra as mulheres?

A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

No Distrito Federal, ainda existe o Programa Violeta, que é focado no atendimento de crianças e mulheres vítimas de violência sexual e estupro. O acolhimento é feito por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, ginecologista, psiquiatra, psicólogos, técnica em enfermagem e técnicas administrativa.

O serviço é prestado no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

A Secretaria de Justiça e Cidadania também tem canais de denúncia de casos de violência contra a mulher. Há, por exemplo, o Centro Integrado 18 de Maio, que trata de ocorrências de exploração sexual de crianças.

O Conselho Tutelar também recebe denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes. Ainda há o Disque 100, que trata da violação de direitos humanos.

Traficante denunciado por duplo homicídio após sair da cadeia durante a pandemia ainda consta como preso

Segundo a denúncia do Ministério Público, Carlos Eduardo Soares Ramalho, conhecido como Nego, matou um homem e seu filho de 7 anos de idade, um mês depois de deixar a cadeia. Ele ainda foi denunciado por outros dois homicídios. No entanto, não há nenhum mandado de prisão pendente contra ele.

Um traficante do Fallet/Fogueteiro pôde sair da cadeia durante a pandemia, em 2021, graças a uma decisão judicial. Após deixar a prisão, ele já foi denunciado por um duplo homicídio e foi investigado pela tentativa de invasão de uma favela dominada por uma facção rival. No entanto, de acordo com registros oficiais, segue constando como preso.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Carlos Eduardo Soares Ramalho, conhecido como Nego, matou um homem e o filho de 7 anos de idade um mês depois de deixar a cadeia. O promotor responsável pediu a prisão preventiva dele.

Ele ainda foi indiciado por outros dois homicídios. No entanto, não há nenhum mandado de prisão pendente contra ele.

Benefício para presos em regime semiaberto

A última unidade na qual Carlos Eduardo Ramalho esteve foi o Instituto Penal Vicente Piragibe, em Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. Ele esteve preso entre 2014 e 2021, com mandados cumpridos por violência contra a mulher e roubo majorado.

Nego está fora da cadeia desde 6 de agosto de 2021, de acordo com um ofício da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) enviado para a Delegacia de Homicídios da Capital. A decisão da Justiça do Rio justifica que Carlos foi visitar sua esposa.

O benefício foi concedido pela Vara de Execuções Penais da Justiça do Rio, após uma resolução do Conselho Nacional de Justiça de 2021: quem fosse beneficiado com o direito de Visita Periódica ao Lar (VPL) não precisaria retornar à sua unidade prisional, com a justificativa da pandemia.

No documento, o diretor da unidade afirma que Carlos Eduardo recebeu o benefício de visita periódica à família, sem ter retornado— o que o tornaria, teoricamente, um foragido da Justiça. Normalmente, antes da resolução do CNJ, o preso que recebia o benefício deveria voltar até sete dias depois.

No entanto, como a resolução previa que os beneficiados com a VPL não precisariam voltar, Nego está, oficialmente, cumprindo sua pena sem nenhum problema registrado.

O traficante só poderá ser considerado foragido se a Justiça emitir um mandado de prisão contra ele. Ele também não utiliza tornozeleira eletrônica, de acordo com o documento da Seap.

“Claro está, portanto, que após ter recebido o benefício da Justiça voltou a integrar o tráfico de drogas da comunidade do Fallet/Fogueteiro, bem como voltou a praticar homicídios, em geral relacionados a disputas pelo domínio do tráfico de drogas”, diz o relatório final do delegado Rômulo Coelho, da Delegacia de Homicídios da Capital, sobre um dos casos de homicídio nos quais Nego é investigado.

Pai e filho mortos

Segundo investigações, no dia 24 de setembro de 2021, pouco mais de um mês após deixar a cadeia, Nego, que é apontado como um dos traficantes da cúpula do Fallet/Fogueteiro, procurou um ex-integrante do tráfico na comunidade, dominada pelo Comando Vermelho.

O objetivo era aliciar Júlio César da Cruz Oliveira para que ele ajudasse a facção criminosa em uma tentativa de invasão do Morro do São Carlos, dominado por uma facção rival. As duas organizações criminosas promovem ataques uma contra a outra há anos.

Júlio César já tinha integrado o tráfico no morro do São Carlos e foi procurado por Nego porque conhecia bem a região. Ele recusou a oferta do traficante quando este o procurou em sua casa. Ele alegava que tinha deixado a vida no crime.

Com a recusa, segundo o MP, Nego disparou diversos tiros contra Júlio César e contra o filho dele, de apenas 7 anos. Júlio César morreu com tiros na cabeça, no tórax e na perna.

Já a criança chegou a ser levada para o Hospital Souza Aguiar, mas morreu em decorrência de uma ferida transfixante no pulmão.

Nego foi denunciado pelo Ministério Público em outubro deste ano. O promotor Alexandre Murilo Graça pediu a prisão preventiva do criminoso, que tem 21 passagens pela polícia.

Homicídios em 2021 e 2022
O traficante ainda foi indiciado e posteriormente denunciado como autor de pelo menos mais dois homicídios: Carlos Alexandre da Silva Nogueira, em dezembro de 2021, no Catumbi; e Thiago Santos da Silva, em maio de 2022. Nos dois casos, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito.

Carlos era suspeito de integrar o tráfico no Morro da Mineira e foi morto com pelo menos cinco tiros.

Na ocasião, a comunidade estava sendo disputada entre o grupo dominado pelo traficante Leonardo Miranda da Silva, o Empada, e o traficante Paulo César Baptista de Castro, o Paulinhozinho, chefe do tráfico no Fallet/Fogueteiro.

Ele foi um dos indiciados pelo homicídio, assim como Cosme Roberto dos Santos, conhecido como Macumba. Os dois estão acima de Nego na organização criminosa.

A 1ª Vara Criminal aceitou a denúncia, mas não pediu a prisão de Nego. Posteriormente, como Paulo César não foi citado pela Justiça, o processo foi arquivado.

Em maio de 2022, mais um homicídio foi cometido no contexto das guerras entre São Carlos e o Fallet/Fogueteiro: Thiago Santos da Silva foi morto também no morro da Mineira quando ia comprar drogas, durante mais um ataque de criminosos da facção rival.

Nego foi um dos indiciados, assim como Paulinhozinho, pelo homicídio qualificado de Thiago. No entanto, a 2ª Vara Criminal pediu a prisão apenas do chefe do tráfico do Fallet/Fogueteiro. O caso foi arquivado porque, mais uma vez, Paulo não foi encontrado.

Venda de benefício aéreo falso e simulação de conta bloqueada: Como agia suspeito de se passar por militar da FAB para seduzir mulheres e aplicar golpes

Marcelo Betchel foi preso suspeito de praticar crimes de violência psicológica, injúria e estelionato contra uma contadora em Aparecida de Goiânia. Polícia diz que ele é suspeito de golpes em Goiânia, Brasília e Minas Gerais.

Um homem foi preso suspeito de se passar por um militar da Força Aérea Brasileira (FAB) e até piloto de avião para seduzir mulheres e aplicar golpes. Ao g1, a Polícia Civil explicou que, para cometer os crimes, Marcelo usava de táticas como simular que a conta do banco ou o cartão estavam bloqueados na hora de pagar a conta e até vender benefício aéreo falso (entenda os crimes abaixo).

O g1 não conseguiu localizar a defesa de Marcelo para um posicionamento até a última atualização deste texto. À reportagem, a FAB ressaltou que não há registro de que o suspeito tenha integrado o quadro efetivo da instituição.

A prisão de Marcelo aconteceu na segunda-feira (23). Segundo a delegada Bruna Coelho, responsável pela investigação do caso, ele foi preso suspeito de praticar crimes de violência psicológica, injúria e estelionato contra uma contadora em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

No entanto, a Polícia Civil explicou que, além do caso investigado em Aparecida de Goiânia, o homem é suspeito de ter cometido golpes em Goiânia (veja informações abaixo), Minas Gerais e Brasília.

Golpes
Conta bloqueada
A Polícia Civil explicou que o homem não tem emprego formal e, por isso, “vivia dos pequenos golpes que cometia”. Segundo a delegada Bruna Coelho, no caso investigado em Aparecida de Goiânia, a vítima teve um relacionamento amoroso por um ano com o homem. Ao g1, a delegada explicou como era o crime de estelionato aplicado contra a mulher:

“Eles iam para um resort de luxo, ele chegavam lá falava: ‘Minha conta está bloqueada, tem como você passar? Depois eu te dou, e ia passando. Se você contar no cartão dela todas as vezes que ela passou, tem mais de R$ 10 mil. Tem também a vez que ele alugou um carro para ele, passou do prazo e renovou com o cartão dela sem autorização”, detalhou.

Aluguel de carro
Ainda de acordo com a Polícia Civil, outra ocorrência em que uma mulher teria “seduzida” pelo suspeito, ocorreu em Goiânia, por meio de um aplicativo de relacionamento. No entanto, a delegada explicou que a relação não teve uma duração longa e acabou depois do suspeito locar um veículo no nome da mulher para que ele utilizasse e não a pagasse. Na ocasião, a mulher chegou a registrar um boletim de ocorrência relatando não saber onde Marcelo estaria com o veículo e até que teria tido conhecimento que o suspeito retirou o rastreador do carro alugado.

Venda de benefício aéreo
Segundo a polícia, mesmo enquanto mantinha um relacionamento com a contadora, o homem aplicava pequenos golpes, principalmente contra as pessoas próximas à mulher.

“Ele mantinha um relacionamento com ela e aplicava golpes quando eles viajavam, aos amigos ao redor”, explicou Bruna.
A delegada ainda pontuou que esses crimes que eram praticados contra pessoas ao redor da vítima de estelionato eram praticados da seguinte forma: o suspeito dizia que era militar da aeronáutica e vendia um benefício aéreo para a pessoa, que custava entre R$ 8 mil a R$ 10 mil reais, com a promessa de que ela poderia viajar o mundo todo.

“Ele vendia o benefício aéreo caro para a pessoa poder viajar o mundo, não entregava e pegava o dinheiro. Ele usou vários títulos não apenas para engambelar dentro dos aplicativos [de relacionamento], mas fora deles”, acrescentou.

Uma das vítimas de golpe, segundo a delegada, teria sido o próprio chefe da contadora, que comprou do suspeito o benefício aéreo no valor de R$ 18 mil.

Homem é preso depois de agredir ex-companheira e depredar local de trabalho dela, no DF

Caso é investigado pela 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas. Vítima conta que havia sido agredida pelo ex-companheiro na porta de casa, mas que não estava no estabelecimento quando ele invadiu.

Um homem foi preso na tarde desta sexta-feira (22), por tentativa de feminicídio, depois de agredir a ex-companheira no Distrito Federal. Ele também invadiu e depredou o local de trabalho da vítima, uma lotérica no Recanto das Emas.

O momento do ataque de fúria, que não foi o mesmo das agressões, foi registrado pelas câmeras de segurança da lotérica. As imagens mostram quando o homem entrou na lotérica e atingiu, com um macaco hidráulico, a proteção de vidro que divide os clientes dos funcionários.

O vídeo mostra também que quando viram o homem chegando no local com uma arma na mão, os clientes começaram a correr para fora da loja.

O homem que invadiu o comércio é Dianerto Cavalcante dos Santos, ex-companheiro de uma das funcionárias, que não estava na loja no momento da depredação. À TV Globo, ela contou que já tinha sido agredida por ele na porta de casa, antes do ataque na lotérica.

“Na hora que eu abri o portão, ele já veio com agressão já. A primeira coisa foi um tapa na cara, depois ele me jogou no chão diversas vezes. Ele me enforcou duas vezes”, conta a vítima.
Segundo ela, as agressões só pararam quando a prima dela chegou. O relacionamento do casal durou cinco anos. Juntos, eles têm uma filha de um ano. O término foi há dois meses.

“A gente sempre brigou muito, ele sempre me agrediu mesmo com palavras, então eu não achava que ele era capaz de me tocar para me agredir fisicamente. Acho que ele pensou que eu seria mandada embora da lotérica”, diz a vítima.
O agressor foi preso horas depois de quebrar a lotérica.

Como denunciar violência contra as mulheres?
A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

Telefone 197
Telefone 190
E-mail: [email protected]
Delegacia eletrônica
Whatsapp: (61) 98626-1197
O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

No Distrito Federal, existe o Programa Violeta, que é focado no atendimento de crianças e mulheres vítimas de violência sexual e estupro. O acolhimento é feito por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, ginecologista, psiquiatra, psicólogos, técnica em enfermagem e técnicas administrativa. O serviço é prestado no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

A Secretaria de Justiça e Cidadania também tem canais de denúncia de casos de violência contra a mulher. Há, por exemplo, o Centro Integrado 18 de Maio, que trata de ocorrências de exploração sexual de crianças.

O Conselho Tutelar também recebe denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes. Ainda há o Disque 100, que trata da violação de direitos humanos.

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)

Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília
Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212
Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)

Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro
Telefone: (61) 3207-7391

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)

Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT
Telefones: (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625
Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar

Contato: 3190-5291
Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal

Contato: 180
Centro Integrado 18 de Maio

Endereço: SHCS EQS 307/308
Telefone: (61) 2244 – 1512 e (61) 98314 – 0636
Conselho Tutelar

Endereços: clique aqui e consulte
Telefone: 125
Disque 100

 

Operação Águia de Haia: MPF denuncia o crime de organização criminosa e pede a reparação no valor de R$ 10 milhões pelos danos causados ao município de Ruy Barbosa (BA)

Denúncia pede que 14 acusados paguem a indenização por danos em razão dos desvios ocorridos em 18 prefeituras na Bahia

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra o deputado estadual pela Bahia Carlos Ubaldino de Santana, a deputada estadual, pela Bahia, Angela Maria Correa de Sousa, o então prefeito do município de Ruy Barbosa (BA), José Bonifácio Marques Dourado, o empresário Kells Belarmino e mais nove pessoas pela prática de crimes capitulados na Lei nº 12.850/2013, que define a Organização Criminosa (Orcrim). A denúncia é um desdobramento da Operação Águia de Haia da Polícia Federal, que investiga desvio de verbas públicas do Fundo de Manutenção da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) em aproximadamente vinte municípios baianos.

O MPF pede a reparação por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 10 milhões, a ser pago solidariamente por todos os denunciados, considerando os danos sofridos pela população dos municípios atingidos pela ação criminosa da Orcrim, que deixou de receber melhorias educacionais. O pedido destaca o ambiente sistêmico de desvio, apropriação e propina em 18 prefeituras do estado da Bahia decorrente da atuação da quadrilha.

A quadrilha atuou por aproximadamente seis anos e realizou contratações desnecessárias e superfaturadas no valor global de R$ 43.150.000,00, causando prejuízos vultosos aos cofres públicos que estão especificados em cada uma das denúncias já apresentadas no âmbito da Operação Águia de Haia.

Modo de atuação – O esquema envolvia diversos municípios do estado da Bahia, e era liderado, em seu núcleo empresarial, por Kells Belarmino. A Orcrim contava com a participação do prefeito de cada município que aderiu ao esquema, do secretário municipal de Educação e dos servidores municipais que atuavam na área de licitação para fraudar e direcionar o certame às empresas de Kells Belarmino, em troca de benefício econômico indevido.

A Orcrim reuniu prefeitos e servidores públicos de aproximadamente 20 municípios para a prática dos crimes de 2009 a 2015, por meio de contratações montadas de serviços educacionais e pedagógicos de tecnologia da informação e direcionadas às empresas controladas pelo grupo mediante crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos e lavagem de capitais.

A atuação da Orcrim na Bahia estava dividida em dois núcleos. O núcleo empresarial era liderado por Kells Berlarmino e integrado pelo próprio Kells, por sua companheira Fernanda Cristina Marcondes, Marconi Edson Baya, Rodrigo Seabra Bartelega de Souza, Maycon Gonçalves Oliveira dos Santos e Tiago Cristiano Baya de Souza. O núcleo se encarregou de fornecer os elementos necessários à fraude dos certames licitatórios e produzir relatórios que aparentassem a execução contratual, o que efetivamente não ocorreu, além de operar o esquema de desvio de recursos públicos e pagamento de “propinas”.

O núcleo político aliciava prefeitos e servidores públicos municipais para participarem do esquema, o que permitiu o direcionamento de licitações em, pelo menos, 18 municípios. Esse núcleo era comandado pelo deputado estadual Carlos Ubaldino Santana e era composto pelo ex-prefeito de Ruy Barbosa (BA) José Bonifácio Marques Dourado, seu filho, Kleber Manfrini de Araújo, pela deputada estadual Ângela Maria Correia de Souza, pelo ex-prefeito de São Domingos (BA) Izaque Rios da Costa Júnior, além de André Souza Leal, Denivaldo Muniz Lopes Junior e por Benício Ribeiro.

Os recursos do Fundeb que sobravam das contratações superfaturadas eram divididos entre os integrantes da organização criminosa e também utilizados para o pagamento sistemático de propinas a prefeitos e servidores públicos municipais envolvidos no esquema.

A denúncia aguarda recebimento pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Processo nº 0040451-77.2015.4.01.0000/BA

 
 
 
Polícia Civil de Rondônia divulga detalhes da prisão de ‘Cearazinho’

Maior assaltante de bancos da Região Norte era procurado em 6 estados.
‘Cearazinho’ é conhecido por assaltar bancos no estilo ‘novo cangaço’.

Policia Civil concede entrevista sobre prisão do Rei do Cangaço (Foto: Karla Cabral/G1)Policia Civil concede entrevista sobre prisão do Rei do Cangaço .
 

A Polícia Civil divulgou, na tarde desta quarta-feira (29), informações da ‘Operação Araripe’, que prendeu José Amilton da Silva, conhecido também como o “rei do cangaço”. O suspeito é considerado o maior assaltante de bancos da Região Norte e foi preso na última segunda-feira (27), em Belém (PA). Na ocasião, José Amilton não estavsa armado, mas portava três carteiras nacionais de habilitação (CNH) com nomes diferentes e foi preso em flagrante.

O suspeito desembarcou no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho, na manhã desta quarta-feira (29), escoltado pela Polícia Civil. Um trabalho integrado pela Delegacia de Patrimônio de Rondônia, Gerência de Estratégia e Inteligência de Rondônia, além da Gerência de Estratégia e Inteligência do Pará, conseguiu localizar o paradeiro do criminoso que estava foragido desde 2011. Segundo o delegado José Marcos Rodrigues Farias o suspeito ainda tentou subornar os policias oferecendo R$ 200 mil.

De acordo com Ingrid Brandão, delegada adjunta da Delegacia de Patrimônio, a operação foi muito cautelosa devido a periculosidade do suspeito. Ele era procurado pelos estados do AC, RO, AM, MT, MA e CE. “Ele já fugiu pela porta da frente do presídio de Cuiabá (MT), trocando de roupa com seu irmão em 2011. Atualmente ele cumpre mandados de prisão em Rondônia e Amazonas” disse Ingrid.

“Acho importante ressaltar que o grupo deles já agiu em vários estados e essa não é a conclusão, agora é que vamos iniciar um trabalho. Conseguimos identificar o líder do grupo e o próximo passo é identificar e localizar os demais para poder instruir o inquérito e encaminhar ao Ministério Publico para possível ofertamento de denúncia” informou a delegada.

Ingrid disse que o suspeito ficará preso em Rondônia e que o interrogatório ainda será agendado.

Amilton também foi entrevistado pela imprensa e disse que é um cidadão de bem. “Eu penso que a justiça tem que me dar uma oportunidade, não fiz um terço da metade do que estão me acusando”, disse o criminoso.

PF cumpre 61 mandados em 18 estados e no DF contra fraude em importação de equipamentos médicos

Operação Zona Cinzenta é segunda fase da Operação Equipos, que busca identificar organização criminosa que usa a aduana de Dionísio Cerqueira para contrabando.

 
PF cumpre mandado de busca e apreensão em Lagoa da Prata durante Operação ‘Zona Cinzenta’

Ação de combate à fraude na importação de equipamentos médicos foi deflagrada em 19 estados do país nesta terça-feira (16). 

A Polícia Federal (PF) de Divinópolis cumpriu na manhã desta terça-feira (16) um mandado de busca e apreensão em uma empresa em Lagoa da Prata, decorrente da Operação Zona Cinzenta, realizada em quase todos os estados brasileiros. A suspeita é que a firma possua equipamentos importados de forma irregular.

De acordo com o delegado regional da Polícia Federal da cidade, Daniel Sousa, uma equipe foi até Lagoa da Prata cumprir o mandado em uma clínica. Um aparelho de mamógrafo foi apreendido e ninguém foi preso durante a ação.

A operação de combate à fraude na importação de equipamentos médicos foi deflagrada pela PF de Dionísio Cerqueira, no Oeste catarinense. Ao todo, são cumpridos 61 mandados de busca e apreensão em 47 cidades de 18 estados do país, além do Distrito Federal.

Conforme a PF, esta é a segunda fase da Operação Equipos, feita em setembro de 2017. Agora, ela foi batizada de Operação Zona Cinzenta. Segundo os agentes, há uma organização criminosa que faz contrabando de equipamentos de diagnóstico médico por meio da Aduana de Controle Integrado (ACI) em Dionísio Cerqueira.

Amigo de Robinho inicia cumprimento de pena em Guarulhos após condenação por estupro na Itália

Ricardo Falco foi condenado pela Justiça da Itália juntamente com o ex-jogador Robinho pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa. Na última quinta-feira (13), Falco foi transferido para a Penitenciária 1 de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde começou a cumprir sua pena de nove anos.

No momento, Falco está em um regime de observação, uma fase inicial de 10 dias pela qual os presos passam antes de serem integrados ao convívio com os outros detentos.

A escolha pela P1 de Guarulhos deve-se ao fato de a unidade abrigar presos com perfis semelhantes aos de Tremembé.

Falco se apresentou à Polícia Federal de São Paulo no início do mês, após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar o cumprimento imediato de sua pena no Brasil pelo crime ocorrido em 2013 em uma boate em Milão. A decisão veio depois que o governo da Itália solicitou ao governo brasileiro que ambos, Falco e Robinho, cumprissem suas penas no Brasil, devido à proibição constitucional de extraditar brasileiros natos.

Robinho, que também foi condenado a nove anos de prisão, foi preso em março deste ano em Santos e levado ao complexo penitenciário de Tremembé. Ele passou pela audiência de custódia e, após cumprir um período de isolamento, foi transferido para uma cela comum.

Em declaração à época da prisão de Falco, seu advogado afirmou que a decisão já era esperada e que Falco se apresentou voluntariamente assim que o mandado de prisão foi expedido, estando sempre ao lado da família.

A condenação de Falco e Robinho foi confirmada em todas as instâncias pela Justiça italiana, enquanto outros cinco envolvidos no crime não foram julgados porque estavam no Brasil no início das investigações.

Apontado como chefe de facção criminosa no CE é preso enquanto se escondia no PA

Envolvido com tráfico de drogas utilizava identidade falsa para despistar a polícia no Pará.

Um homem apontado pela Polícia como líder de facção criminoso no estado do Ceará foi preso enquanto se escondia em Castanhal, município da região metropolitana de Belém, no Pará.

A Polícia Civil do Pará informou que apreendeu diversos celulares e um veículo de luxo.

Segundo as investigações, Romário Alves de Souza estava foragido há cerca de seis meses e utiliza uma identidade falsa para não chamar a atenção da polícia. Ele é suspeito de atuar com o tráfico de drogas, homicídio e extorsão, em Fortaleza, capital do Ceará.

A prisão ocorreu na segunda-feira (8) e contou com a participação da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO-CE).

Para o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende “o trabalho dos agentes na criação de estratégias para abordar o suspeito foi um dos principais fatores que colaboraram para o êxito a ação e prisão do investigado, bem como o trabalho integrado com a troca de informações entre as Polícias Civis”.

O homem preso segue detido à disposição da Justiça.