Mãe de adolescente que denunciou prefeito de Taquarivaí por injúria racial pede demissão: ‘Minha filha tem valor’

Conforme o B.O, o prefeito Rubens Carlos Souto de Barros (MDB) teria dito que a jovem aguentaria ficar mais tempo no sol devido à cor de sua pele. A mãe trabalhava como atendente em um totem do Poupatempo, que fica no prédio da prefeitura da cidade.

A mãe da adolescente, de 14 anos, que denunciou o prefeito de Taquarivaí (SP), Rubens Carlos Souto de Barros (MDB), por injúria racial contra a filha, pediu demissão do emprego, que fica no prédio da prefeitura. O caso aconteceu na sexta-feira (17).

Rubens Barros é acusado de chamar a jovem de “escurinha” e insinuar que ela não se queimaria no sol, devido à cor de sua pele (relembre o caso abaixo).

Claudia Mendes Comeron, de 42 anos, era auxiliar de atendimento de um totem do Poupatempo, que fica em uma sala no paço municipal. Ao g1, ela contou que teme por represálias e não conseguiria continuar no emprego após o ocorrido. “Não tinha como eu continuar ali. Me senti na obrigação de sair”.

Na quarta-feira (22), ela anunciou a demissão e aceitou os descontos da quebra contratual.

“Minha filha tem valor. Chega! Qual seria o próximo passo? Uma agressão? Uma morte? Não é fácil”, lamentou a mãe.
Ainda segundo a mãe, essa não é a primeira vez que a jovem é vítima de racismo. “Com nove anos ela foi agredida por ser negra”, lamenta Claudia.

A jovem foi encaminhada para o Conselho Tutelar e passará por atendimento psicológico.

Relembre o caso
Conforme o relato da mãe da vítima, elas estavam conversando com uma amiga na rua, quando o prefeito chegou e as cumprimentou. Em seguida, ele teria dito para elas saírem do sol, com exceção da adolescente, “pois ela aguentaria mais 10 minutos”.

A mãe da jovem disse que questionou a fala do prefeito, que teria dito que foi apenas uma brincadeira, acrescentando ainda que “se ela [adolescente] fosse mais escurinha, aguentava mais 20 minutos”.

Ainda conforme boletim de ocorrência, a jovem teria se mostrado ofendida e ressaltado que ele estava sendo racista. De acordo com a mãe, ele riu e entrou em um estabelecimento comercial.

O g1 tentou contato com a assessoria do prefeito, mas não obteve retorno até a conclusão desta reportagem. A Polícia Civil investiga o caso.

 

Mulher esfaqueada por ex na frente do filho pediu medida protetiva uma semana antes, diz delegada

Karina de Oliveira Rocha, de 26 anos, morreu após ser esfaqueada no pescoço em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ex-marido dela está internado por ter se ferido ao cometer o crime, e será preso após receber alta.

Karina de Oliveira Rocha, a mulher que morreu após ser esfaqueada pelo ex-marido na frente do filho, de nove anos, pediu à Justiça uma medida protetiva contra o homem uma semana antes do crime. O g1 apurou nesta sexta-feira (6), junto à Polícia Civil, que o documento não chegou a ter validade, uma vez que o oficial de Justiça não localizou o suspeito em tempo de notificá-lo.

O crime aconteceu no bairro Antártica, em Praia Grande (SP). Segundo a PM, a mulher de 26 anos foi encontrada esfaqueada no pescoço ao lado do ex-marido, Juliano Bispo dos Santos, de 35. Ambos foram encaminhados ao mesmo hospital, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A Justiça já emitiu um mandado de prisão contra ele, que será detido quando receber alta médica.

De acordo com a delegada que investiga o caso, Lyvia Cristina Bonella, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município, Karina entrou com um pedido de medida protetiva. A Justiça chegou a aceitar a solicitação mas, Juliano não foi localizado para a devida notificação.

“Para que a medida protetiva tenha validade, a pessoa contra a qual ela é estabelecida precisa saber disso”, explicou a delegada. “O oficial de Justiça ainda não tinha encontrado o agressor até a data do crime”.
Agressor não localizado
A delegada acrescentou, com base na própria experiência em casos de violência contra a mulher, que os agressores tendem a se esconder dos oficiais de Justiça para que as medidas protetivas não entrem em vigor.

“O que acontece geralmente, pelo que tenho de conhecimento, é que o agressor, de alguma forma, fica sabendo de um boletim de ocorrência contra ele e tenta se esconder para que não seja intimado”, complementou.

A delegada pontuou, a partir do relato da mãe de Karina à Polícia Civil, que a própria jovem aceitou voltar a morar com Juliano mesmo após ter registrado um boletim de ocorrência contra ele e pedir a medida protetiva.

“É difícil afirmar, em casos delicados assim, se a falta da medida protetiva interferiu ou não. Ele fez o movimento de chamá-la, talvez com a ‘desculpa’ da criança. Apesar de ser avisada sobre os riscos pela mãe, ela aceitou”, disse a delegada.

O crime
De acordo com a polícia, o filho do casal fugiu de casa durante o crime e foi recebido por uma vizinha que acionou a PM. O menino foi acolhido pelo Conselho Tutelar da cidade, sendo entregue a um padrinho e, em seguida, à avó materna.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, a polícia encontrou um facão sujo de sangue no mesmo quarto onde o casal foi localizado. Duas facas pequenas também foram achadas no sofá do imóvel.

No documento, há também o registro de que a polícia encontrou manchas de sangue pela casa. Conforme constatado por um perito, uma delas foi vista na porta dos fundos do imóvel, o que poderia indicar uma tentativa de fuga por parte de Karina ou do ex-marido dela após o crime.

O g1 entrou em contato com o Hospital Irmã Dulce, que informou, por meio de nota, não ter autorização para divulgar informações sobre o estado de saúde de Juliano.

 

Justiça torna ré suspeita de matar filha, esquartejar corpo e esconder na geladeira em SP

Ruth Floriano passou por audiência de custódia no domingo (27) e teve a prisão mantida. Segundo a polícia, mãe confessou ter matado a filha Alany Silva. Caso foi descoberto no sábado (26) pela sogra dela, que viu partes do corpo no eletrodoméstico.

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou ré, nesta quinta-feira (31), Ruth Floriano, de 30 anos, que foi presa no sábado (26) por suspeita de matar a filha, esquartejar o corpo e esconder as partes da criança na geladeira de casa, em São Paulo. Ela confessou o crime e disse à polícia que pesquisou na internet o “jeito mais fácil” para esquartejar um corpo.

A Polícia Civil do 47º DP de São Paulo investiga a morte de Alany Izilda Floriano Silva e uma perícia no celular de Ruth pelo Instituto de Criminalística de São Paulo deve apontar as páginas da internet que foram usadas como fontes por ela.

A juíza Isabel Begalli Rodriguez ainda pede apuração sobre o local do crime e encaminhamento dos laudos do Instituto Médico Legal e Instituto de Criminalística. Ela é ré por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Ruth teve a prisão em flagrante convertida para preventiva e ficará detida por tempo indeterminado. O g1 não conseguiu localizar a defesa dela para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.

Segundo apurado pelo g1, a mulher contou à polícia que, entre os dias 8 e 9 de agosto, depois de consumir drogas, decidiu matar a filha por não aceitar a separação com o pai, que ainda não foi identificado pela investigação.

A mulher detalhou que esfaqueou a vítima quando a criança estava escovando os dentes de madrugada, teria pesquisado na internet maneiras de esquartejar, e guardou partes do corpo na geladeira. Depois, ela jogou membros em um esgoto perto da casa, que até então era na Zona Leste de São Paulo. A família se mudou para a Zona Sul da cidade em 15 de agosto.

O homem que fez o frete afirmou que geladeira estava enrolada com lençol e fitas e que apenas mais dois móveis foram levados ao novo endereço. Ninguém suspeitou que havia um corpo dentro do eletrodoméstico.

Apenas entre sexta-feira (25) e sábado (26), a mulher saiu de casa e a mãe do atual namorado de Ruth decidiu verificar o que tinha na geladeira. A sogra de Ruth desconfiava de drogas ou armas escondidas, mas achou o corpo de Alany. A Polícia Militar foi chamada, e a mulher foi presa.

O caso foi registrado no 100º Distrito Policial (DP), Jardim Herculano, como homicídio qualificado contra menor de 14 anos e emboscada por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver.

Entenda o caso
Os policiais ainda tentam saber quando o crime foi cometido e o motivo dele. Isso porque, segundo a polícia, Ruth deu pelo menos duas versões para o assassinato da filha (leia abaixo).

A criança nasceu em 6 de agosto de 2014, fruto de um relacionamento com um homem que moraria no interior de São Paulo. A menina morava com a família dele antes de ir morar com a mãe. A investigação quer ouvi-lo.

Primeira versão
Quando foi ouvida inicialmente pela PM, Ruth negou o crime e contou, segundo os agentes, que há “aproximadamente um mês”, quando a filha tinha 8 anos, conheceu um homem num aplicativo de relacionamentos. E que o levou para sua casa, onde consumiram drogas e dormiram depois.

Ao acordar, ela disse ter encontrado a filha morta, mas não se lembra do que aconteceu. Ruth não contou se tinha sido ela ou o homem que matou e esquartejou a criança. Mas que decidiu colocar as partes do corpo da menina numa geladeira.

Segunda versão
No interrogatório na delegacia, Ruth deu outra versão para o crime: a de que matou Alany entre 8 e 9 de agosto, dois ou três dias após a filha ter completado 9 anos. A polícia, porém, trabalha com a hipótese de o assassinato ter sido cometido antes, quando a vítima tinha 8 anos ainda.

Ruth tem outros dois filhos. Eles foram encontrados e entregues ao Conselho Tutelar.

Justiça de SP decreta prisão preventiva de suspeita de matar filha, esquartejar corpo de criança e esconder partes em geladeira

Ruth Floriano passou por audiência de custódia neste domingo (27). Segundo a polícia, mãe confessou ter matado a filha Alany Silva após ela completar 9 anos. Caso foi descoberto neste sábado (26) pela sogra dela, que viu partes do corpo no eletrodoméstico.

A Justiça decretou neste domingo (27) a prisão preventiva de uma mulher de 30 anos suspeita de matar a filha, esquartejar o corpo dela e esconder as partes da criança na geladeira de sua casa em São Paulo.

Ruth Floriano havia sido presa em flagrante pela Polícia Militar (PM), no sábado (26). Segundo a Polícia Civil, ela confessou ter esfaqueado Alany Izilda Floriano Silva.

“Em audiência de custódia realizada hoje (27), a prisão em flagrante de Ruth Floriano foi convertida em preventiva”, informa nota do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), divulgada por sua assessoria de imprensa.

Com a conversão da prisão em flagrante para a preventiva, Ruth ficará detida por tempo indeterminado. O g1 não conseguiu localizar a defesa dela para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.

De acordo com a polícia, pessoas que conhecem Ruth e a ajudaram anteriormente numa mudança encontraram dias depois partes do corpo da menina na geladeira da mulher, na casa do atual namorado dela, no bairro Aracati, na Zona Sul da capital paulista. Depois disso, elas avisaram a PM, que foi ao local e passou a procurar a mãe. A mulher foi presa horas depois na residência do ex-marido dela, na Zona Leste da cidade.

O caso foi registrado no 100º Distrito Policial (DP), Jardim Herculano, como homicídio qualificado contra menor de 14 anos e emboscada por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver. A investigação será feita pelo 47º DP, Capão Redondo.

Os policiais ainda tentam saber quando o crime foi cometido e o motivo dele. Isso porque, segundo a polícia, Ruth deu pelo menos duas versões para o assassinato da filha. A criança havia nascido em 6 de agosto de 2014, fruto de um relacionamento com um homem que mora atualmente em Atibaia. A menina morava com a família dele antes de ir morar com a mãe. A investigação quer ouvi-lo.

Primeira versão
Quando foi ouvida inicialmente pela PM, Ruth negou o crime e contou, segundo os agentes, que há “aproximadamente um mês”, quando a filha tinha 8 anos, conheceu um homem num aplicativo de relacionamentos. E que o levou para sua casa, onde consumiram drogas e dormiram depois.

Ao acordar, ela disse ter encontrado a filha morta, mas não se lembra do que aconteceu. Ruth não contou se tinha sido ela ou o homem que matou e esquartejou a criança. Mas que decidiu colocar as partes do corpo da menina numa geladeira.

Esse homem anda não foi identificado e ouvido pela polícia.

Segunda versão
Em seu interrogatório na delegacia, Ruth deu outra versão para o crime, a de que matou Alany entre 8 e 9 de agosto, dois ou três dias após a filha ter completado 9 anos. A polícia, porém, trabalha com a hipótese de o assassinato ter sido cometido antes, quando a vítima tinha 8 anos ainda.

O motivo do crime revelado pela mulher, segundo o boletim de ocorrência, foi o fato de ela “não aceitar a separação com o pai” da criança. Ele ainda não foi identificado.

Ainda segundo o registro policial, a mãe esfaqueou a filha no peito, depois a cortou e colocou os pedaços do corpo em um saco plástico e numa caixa térmica. E que no dia 15 de agosto decidiu colocar as partes da menina na geladeira. No dia seguinte a mulher mudou de residência, levando a geladeira para outro imóvel com a ajuda de amigos e parentes de seu namorado.

Esse namorado foi ouvido pela polícia e negou saber do crime. Contou que Ruth não o deixava entrar na casa, que ele tinha de ficar do lado de fora. Mas sentiu um “cheiro” vindo do imóvel.

Ruth disse ainda que no dia 25 de agosto foi para a Zona Leste tinha ido entregar uma chave a seu ex-marido. Ele negou ser pai de Alany. Falou ainda que havia conhecido a mulher havia dois anos por aplicativo e tiveram um “relacionamento afetivo”.

Ao ser ouvido pela polícia, o ex-marido contou ainda que Ruth não dava “carinho, afeto” ou abraçava a menina.

Em 26 de agosto, a mãe do namorado de Ruth decidiu entrar na casa, enquanto a mulher estava fora, e abrir a geladeira. O aparelho estava embalado com pano e plástico. Ao rompe-los, a sogra encontrou os restos mortais de Alany. Depois acionou a PM, que foi ao local e em seguida passou a procurar a mulher, que foi detida na casa do ex-marido, que não seria o pai da menina.

Ruth tem outros dois filhos. Eles foram encontrados e entregues ao Conselho Tutelar.

Vereador de Maricá é investigado por preconceito religioso

A Polícia Civil apura vídeos postados pelo parlamentar em redes sociais. Vereadores pedem cassação de Ricardinho Netuno.

A Polícia Civil investiga o vereador Ricardinho Netuno (Republicanos) por causa de um vídeo postado em uma rede social nesta quarta-feira (17). A principal suspeita é de crime de preconceito religioso.

No vídeo, o parlamentar diz que a prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Cultura, está ensinando “macumba” para crianças da rede municipal. Depois, ele chama bonecas africanas, produzidas em uma oficina de arte, de vudus.

O vídeo também mostra uma aula de dança para crianças e finaliza com a mensagem “Quando seu filho for possuído, você saberá de quem é a culpa”.

Em 2023, vereadores já tinham pedido a cassação de Ricardinho sob acusação de que ele teria incentivado os atos de 8 de janeiro em Brasília.

Vereadores de Maricá entraram em contato com o Conselho Tutelar, já que as imagens mostram crianças. Eles informaram ainda que vão entrar com novo pedido de cassação contra Ricardinho Netuno.

Em nota, a prefeitura repudiou as atitudes e reforçou que respeita todas as religiões.

“Cabe ressaltar que o ensino da história e da cultura afro-brasileira é obrigatório por lei desde 2003 e está inserido na temática curricular nas escolas de ensino médio e fundamental para garantir a valorização da cultura brasileira”, afirma o posicionamento.

 

Homem é preso depois de agredir ex-companheira e depredar local de trabalho dela, no DF

Caso é investigado pela 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas. Vítima conta que havia sido agredida pelo ex-companheiro na porta de casa, mas que não estava no estabelecimento quando ele invadiu.

Um homem foi preso na tarde desta sexta-feira (22), por tentativa de feminicídio, depois de agredir a ex-companheira no Distrito Federal. Ele também invadiu e depredou o local de trabalho da vítima, uma lotérica no Recanto das Emas.

O momento do ataque de fúria, que não foi o mesmo das agressões, foi registrado pelas câmeras de segurança da lotérica. As imagens mostram quando o homem entrou na lotérica e atingiu, com um macaco hidráulico, a proteção de vidro que divide os clientes dos funcionários.

O vídeo mostra também que quando viram o homem chegando no local com uma arma na mão, os clientes começaram a correr para fora da loja.

O homem que invadiu o comércio é Dianerto Cavalcante dos Santos, ex-companheiro de uma das funcionárias, que não estava na loja no momento da depredação. À TV Globo, ela contou que já tinha sido agredida por ele na porta de casa, antes do ataque na lotérica.

“Na hora que eu abri o portão, ele já veio com agressão já. A primeira coisa foi um tapa na cara, depois ele me jogou no chão diversas vezes. Ele me enforcou duas vezes”, conta a vítima.
Segundo ela, as agressões só pararam quando a prima dela chegou. O relacionamento do casal durou cinco anos. Juntos, eles têm uma filha de um ano. O término foi há dois meses.

“A gente sempre brigou muito, ele sempre me agrediu mesmo com palavras, então eu não achava que ele era capaz de me tocar para me agredir fisicamente. Acho que ele pensou que eu seria mandada embora da lotérica”, diz a vítima.
O agressor foi preso horas depois de quebrar a lotérica.

Como denunciar violência contra as mulheres?
A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

Telefone 197
Telefone 190
E-mail: [email protected]
Delegacia eletrônica
Whatsapp: (61) 98626-1197
O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

No Distrito Federal, existe o Programa Violeta, que é focado no atendimento de crianças e mulheres vítimas de violência sexual e estupro. O acolhimento é feito por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, ginecologista, psiquiatra, psicólogos, técnica em enfermagem e técnicas administrativa. O serviço é prestado no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

A Secretaria de Justiça e Cidadania também tem canais de denúncia de casos de violência contra a mulher. Há, por exemplo, o Centro Integrado 18 de Maio, que trata de ocorrências de exploração sexual de crianças.

O Conselho Tutelar também recebe denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes. Ainda há o Disque 100, que trata da violação de direitos humanos.

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)

Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília
Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212
Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)

Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro
Telefone: (61) 3207-7391

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)

Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT
Telefones: (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625
Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar

Contato: 3190-5291
Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal

Contato: 180
Centro Integrado 18 de Maio

Endereço: SHCS EQS 307/308
Telefone: (61) 2244 – 1512 e (61) 98314 – 0636
Conselho Tutelar

Endereços: clique aqui e consulte
Telefone: 125
Disque 100

 

Justiça converte em preventiva prisão de homem que espancou e matou mulher com cabo de rodo em Ibaté

Crime aconteceu na madrugada da terça-feira (19), no Jardim América. Homem foi preso em flagrante por feminicídio e filha do casal, de três anos, foi entregue ao Conselho Tutelar.

A Justiça de Ibaté (SP) converteu a prisão em flagrante de Wesley Henrique Bocalan Alonso em preventiva, depois da audiência de custódia, realizada na terça-feira (19). Ele foi preso depois de ter espancado e matado com um cabo de rodo a companheira, na frente da filha de 3 anos, depois de desconfiar de uma suposta traição.

A informação da prisão preventiva foi confirmada ao g1 pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).

O feminicídio de Isabella Silva aconteceu na madrugada da terça (19), no bairro Jardim América. O g1 não conseguiu localizar a defesa de Alonso para comentar o caso.

O crime

Segundo informações do delegado Gilberto de Aquino, o homem confessou o crime e disse que espancou a mulher por desconfiar que ela estava o traindo com um vizinho. Ele foi preso em flagrante por feminicídio.

Ainda de acordo com Aquino, a Polícia Militar foi chamada para atender uma ocorrência de violência doméstica e que a Isabella Silva havia dado entrada no Hospital de Ibaté, em estado grave, com lesões nas pernas, braços e tronco.

“O autor foi conduzido para a delegacia e ele assumiu que quebrou o cabo do rodinho na vítima. Perguntei quantas vezes ele agrediu e ele disse: ‘perdi as contas, dei no braço, nas pernas e depois peguei um pedaço de metal'”, relatou o delegado.
“Ele disse que ao chegar em casa viu um homem pulando o muro da casa e começou a pressionar a mulher. Ela disse que queria largar dele e depois da criança dizer ‘vamos embora com o tio [nome do vizinho]’, ele ficou mais enfurecido. Ele foi bem frio”, disse Aquino.

O homem foi preso em flagrante por feminicídio com qualificadora do crime ter sido praticado na frente de uma criança.

O corpo da foi levado para Santa Bárbara d’Oeste onde acontece o velório e sepultamento.

Histórico familiar

De acordo com o delegado, eles iniciaram um relacionamento quando a jovem tinha 15 anos e o autor do crime, 27. Eles moravam em Santa Bárbara d’Oeste.

Em 2021, a vítima registrou um boletim de ocorrência contra o homem por agressão, representou contra ele e conseguiu uma medida protetiva. Ele descumpriu a ordem policial e ficou preso por dois meses.

Depois de um tempo, eles reatam o relacionamento, que não durou muito e se separaram novamente. Após esse segundo término, o homem se mudou de Santa Bárbara d’Oeste para Ibaté.

Em julho deste ano, a vítima veio até a cidade trazer a filha para que ele pudesse ver. Nesse encontro, eles resolveram reatar e a jovem também se mudou para Ibaté.

“Agora eles estavam juntos, então ela quebrou a protetiva que ela tinha, né? Porque ela voltou de espontânea vontade, de livre e espontânea vontade, e aí ela estava morando com ele no local do fato”, explicou o delegado.

 

Polícia indicia pai, mãe e motorista que atropelou bebê em Itaqui; pais vão responder por abandono de incapaz

Acidente aconteceu em 18 de maio. Bebê segue hospitalizado em Porto Alegre. Câmeras de segurança flagraram o acidente.

A Polícia Civil concluiu que tanto o motorista quanto os pais têm responsabilidade pelo atropelamento de Nathariel Costa Marques, bebê de um ano e quatro meses, em Itaqui. O acidente aconteceu em 18 de maio e a criança permanece hospitalizada em Porto Alegre.

O g1 falou por telefone com a mãe de Nathariel, que disse que ainda não sabia do indiciamento, iria tomar conhecimento do que aconteceu, mas que só tomaria alguma atitude em relação a isso quando voltasse para Itaqui. Ela está em Porto Alegre acompanhando o tratamento do filho.

A reportagem tenta contato com a defesa do motorista indiciado.

De acordo com o delegado Ericson Mota, responsável pela investigação, o motorista foi indiciado por lesão corporal culposa, pois atropelou o bebê e não prestou socorro. Já os pais foram indiciados por abandono de incapaz, pois “como guardiões e detentores da guarda do filho, têm obrigação do cuidado”.

“A lesão foi resultado do abandono. Não havia sido a primeira vez que a criança fugiu nesse dia e ela já havia fugido em outros dias. A criança tinha como costume escapar. A cerca tinha várias brechas e a rua tem movimento de veículos”, diz o delegado Mota ao explicar o motivo da responsabilização dos pais.
Durante a investigação policial, familiares do bebê, o motorista e o proprietário da câmera de segurança que registrou o acidente foram ouvidos. Além disso, a residência da família do bebê também foi alvo de uma ação policial e do Conselho Tutelar, pois havia denúncias de maus-tratos pela família contra os filhos. Nathariel tem um irmão, segundo o delegado Mota.

As provas obtidas pela Polícia Civil foram reunidas em um relatório que foi encaminhado ao Ministério Público (MP), órgão responsável por acusar ou não os envolvidos e oferecer a denúncia à Justiça. Caso a Justiça aceite a denúncia, os indiciados começam a ser julgados pelos crimes.

Nathariel permanece internado no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre. Ele teve diagnóstico de traumatismo cranioencefálico e precisou passar por uma cirurgia para colocar um dreno na região do cérebro. Ainda não há previsão para o menino deixar o hospital. Apesar disso, ele não corre mais risco de morrer.

O acidente

Na manhã de 18 de maio, o bebê brincava com um skate no pátio de casa escapou do local, engatinhou até o meio da Rua Guararapes, no bairro Chácara, e foi atropelado por um carro.

No vídeo da câmera de segurança que flagrou o acidente, é possível ver a criança arrastando o skate e sendo atingida pelo carro. Em seguida, um tio corre em direção à criança e a socorre.